MPPB apresenta nova denúncia contra pediatra Fernando Cunha Lima por estupros de crianças

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O Ministério Público da Paraíba apresentou uma nova denúncia contra o pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, pelo estupro de duas crianças, que eram suas pacientes. O médico está foragido há mais de um mês, depois que a Polícia Civil tentou cumprir um mandado de prisão preventiva e não encontrou o acusado em casa.

g1 entrou em contato com a defesa do médico, mas não obteve resposta até o momento.

As novas denúncias envolvem crimes cometidos contra duas crianças, de 2 e 4 anos de idade, sendo uma menina e um menino. Segundo a denúncia, a conduta do acusado vem sendo repetida desde os anos 1990, inclusive contra crianças de sua própria família.

O promotor Bruno Leonardo Lins, responsável pela denúncia, explica que os dois casos não foram registrados no primeiro inquérito policial contra o acusado. Um segundo inquérito foi aberto em agosto para investigar as novas denúncias.

O promotor também solicitou que alguns depoimentos do primeiro processo fossem trazidos aos autos para evitar que as vítimas fossem obrigadas a prestar depoimento novamente, o que ele define como “revitimização” e um “constrangimento desnecessário”. Ainda segundo Bruno Lins, uma sobrinha do acusado, que também afirma ter sido vítima de estupro na infância, será testemunha neste caso.

Além da condenação e da reparação de danos materiais e morais no valor de 400 salários mínimos por vítima, o promotor Bruno Leonardo Lins também pediu, novamente, a prisão preventiva do acusado por pedofilia.

“Nessa segunda denúncia, há também o pedido de prisão preventiva, com base na necessidade de assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o acusado está foragido desde que o Tribunal de Justiça da Paraíba decretou a prisão dele em um recurso apresentado pelo Ministério Público”, afirmou o promotor Bruno Leonardo Lins.

Também foi solicitada a proibição do exercício da profissão de médico. O pediatra está suspenso temporariamente de exercer a medicina, após decisão do Conselho Federal de Medicina e deliberação do Conselho Regional de Medicina.

O médico já responde judicialmente por estupro contra seis crianças. Em um primeiro processo, são quatro vítimas, e em um segundo, há mais duas.

POR: G1PB

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