Investindo R$ 1 bilhão em parceria no Brasil, Levu e DHL terão aviões Airbus A330 e A321 voando pelo país
A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, anuncia que fechou uma parceria com a Levu Air Cargo, companhia aérea cargueira brasileira, para lançar no país uma solução de transporte aéreo doméstico para carga.O projeto, que receberá um investimento de cerca de R$ 1 bilhão, sendo 90,5 milhões de euros (cerca de R$ 503 milhões) por parte da DHL, contempla quatro aeronaves cargueiras. A primeira já chegou ao Brasil e tem previsão de entrar em operação neste mês de maio de 2024.
Inicialmente, os voos farão a rota Viracopos (Campinas/SP) – Manaus (AM), diário, e Viracopos – Recife (PE), com três saídas por semana. Também há planos para Belém (PA). Este projeto, que envolveu a abertura ou ampliação de filiais da DHL nas cidades atendidas, gerou 200 empregos diretos e cerca de 500 indiretos.
Com a evolução das cadeias de suprimentos – principalmente a maior demanda por agilidade e segurança de setores como o de saúde, tecnologia, automotivo e e-commerce, o mercado de transporte aéreo de carga vem ganhando protagonismo no Brasil. Em 2020, a DHL Supply Chain já havia lançado um hub aéreo com acesso ao lado pista do Aeroporto de Guarulhos, a fim de conferir mais celeridade e qualidade ao processamento desta movimentação.
Agora, a proposta é chegar mais perto da execução, mantendo a parte de processamento e gestão da carga e tendo a Levu como parceira facilitadora na operação dos voos e todos os trâmites aéreos. Os parceiros vão dividir também a capacidade de cada voo, com prioridade de ocupação em caso de vacância.
As rotas serão utilizadas também pelas outras unidades de negócio do grupo DHL no Brasil, a DHL Global Forwarding e DHL Express, que terão como parceiro doméstico as linhas Levu/DHL SupplyChain para conectar as remessas internacionais transportadas por elas, facilitando assim processos de importação e exportação e usando também a POLAR, outra empresa do Grupo DHL, para os processos de conexão rodoviária com as DTAs (Declaração de Trânsito Aduaneiro) e DIs (Declaração de Importação).
Para o Vice-presidente de Transportes da DHL Supply Chain, Solon Barrios, “este projeto reúne três aspectos fundamentais de uma operação logística sólida e eficiente: especialização dos parceiros, capacidade operacional e garantia do nível do serviço, além de boa frequência e possibilidade de conexões para outras cidades e países. Com isso, queremos que mais e mais empresas acessem os benefícios já conhecidos do modal aéreo, ainda mais levando em consideração as dimensões continentais do Brasil”.
Já para o CEO da Levu Air Cargo, Rodrigo Pacheco, as projeções de crescimento do mercado de carga aérea no Brasil foram decisivas para a implementação da Levu Air Cargo, empresa com sede em Campinas e foco exclusivo no transporte de cargas. “Com rotas domésticas diárias e terminais em cidades estratégicas, a Levu Air Cargo realizará toda a cadeia logística de mercadorias de alto valor agregado e life sciences”, pontuou.
De acordo com Rodrigo Pacheco, a empresa tem o foco na construção de soluções logísticas específicas para atender a demanda dos clientes, garantindo o transporte seguro e eficiente das cargas de ponta a ponta.
“Também teremos a solução para ULDs com controle de temperatura, ou seja, contêineres aéreos projetados que tornam o carregamento e o descarregamento fáceis e rápidos. Seremos a primeira companhia aérea de carga nacional a ter esta solução para transporte de cargas life science, sem risco de alteração da temperatura das cargas. Com isso traremos eficiência a um nível de SLA para atingir os mais altos padrões de excelência na prestação dos serviços aos clientes”, explicou o CEO.
Serão quatro aeronaves Airbus, sendo dois A330-300 P2F (Passenger to freighter, ou avião de passageiros que foi convertido para cargueiro) com capacidade de 59 tons e dois A321-200PCF P2F com capacidade de 27 tons.
Os parceiros projetam transportar até 4 mil toneladas por mês no primeiro ano de operação, podendo chegar a 10 mil toneladas até o final de 2025. Os principais mercados alvo são: saúde (farmacêutico), eletroeletrônicos, automotivo e perecíveis. Além disso, por serem aeronaves exclusivamente cargueiras, elas poderão levar cargas mais pesadas, de dimensões maiores e cargas perigosas das classes 1 a 9, com exceção da 7, relacionada ao transporte de material radioativo.
“Os embarques em voos de passageiros são importantes por sua maior pulverização, mas os cargueiros trazem muitas vantagens. Primeiro, a garantia de espaço e confiabilidade de horário. Segundo, a versatilidade de cargas que podem receber. E, claro, com a maior consolidação, temos uma escala maior, condições ainda mais competitivas e o melhor lead time e nível de serviço do mercado”, explica Solon Barrios.
Para as outras praças, a parceria oferece ainda duas opções: conexão com voos de outras companhias aéreas convencionais ou last mile via modal rodoviário da DHL Supply Chain e POLAR.
Informações da DHL