Homem é condenado a mais de 26 anos por feminicídio de frentista na Paraíba
Nesta segunda-feira (12), o Fórum de São José de Piranhas sediou o júri de Francisco Irismar Dunga Sousa, condenado pelo feminicídio de sua ex-companheira, Raissa Raiara Batista Ferreira. O réu recebeu uma pena de 26 anos e 7 meses de prisão, conforme decisão do juiz Ricardo Henriques Pereira Amorim, que presidiu o julgamento.
Irismar Dunga foi condenado pelos crimes previstos no artigo 121, §º2º, incisos I, III, IV e VI, do Código Penal. O crime ocorreu no dia 2 de março de 2024, por volta das 16h30, em um posto de combustíveis localizado em Bonito de Santa Fé.
Segundo a denúncia, Raissa estava em seu local de trabalho quando Irismar, chegando em uma motocicleta, sacou uma arma e disparou contra a cabeça da vítima. Após ela cair no chão, o acusado efetuou um segundo disparo, resultando na morte imediata de Raissa.
A mãe de Raíssa, Dona Maria Risalva, expressou sentimentos mistos sobre a sentença. Apesar da condenação, Dona Risalva disse que “a justiça foi feita, mas não da forma que a gente queria.” Ela confessou sentir um “grande ódio” em seu coração, pois a dor pela perda de sua filha não pode ser reparada apenas com a condenação do réu. Ela acrescentou: “Nada paga o que ele fez, a vida de uma jovem de 30 anos e de três crianças. Mas, pelo menos, ele vai sofrer na cadeia e a justiça divina virá também.”
Dona Maria Risalva revelou que conhecia Irismar, pois ele era da mesma cidade, embora morasse fora por muito tempo. Ela comentou sobre a surpresa e o choque com a sua verdadeira natureza, contrastando a imagem educada que ele apresentava com a brutalidade do crime.
Desde a morte da filha, Maria enfrenta dificuldades para dormir e cuidar dos três netos que agora estão sob sua responsabilidade. “As crianças choram de noite, pedem pela mãe e eu faço o que posso para confortá-las, mas a dor é enorme”, desabafou.