Condenado por matar taxista em discussão de trânsito passa para regime semiaberto
O corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia, condenado a 16 anos de prisão em regime fechado por matar a tiros o taxista Paulo Damião, recebeu o benefício de deixar o presídio em João Pessoa, após cumprir mais de um terço da pena. Ele passou para o regime semiaberto por meio de uma decisão da juíza Andrea Arcoverde Cavalcanti Vaz, que expediu o alvará de soltura dele na última sexta-feira (17).
Gustavo foi preso em fevereiro de 2019, no mesmo dia em que o crime aconteceu, após a polícia montar um cerco na casa dele.
Gustavo foi julgado três anos depois, em março de 2022. O julgamento durou quase 11 horas. Ao todo, foram 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e 2 anos por porte ilegal de arma. Na época, a juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho determinou que o acusado não poderia recorrer da condenação em liberdade.
No presídio, o corretor ainda recebeu algumas remições de pena, ou seja, teve o tempo de prisão reduzido, por estudo e leitura. Uma delas, concedida em março de deste ano, reduziu a pena dele em 100 dias pelos resultados na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023.
Relembre o caso
O crime aconteceu no bairro do Bessa, na capital, e foi registrado por câmeras de segurança (veja no vídeo acima). Segundo a Polícia Militar informou, à época, o réu estava bêbado e voltava para casa com um motorista de transporte por aplicativo. Ao chegar perto do destino, se irritou com o taxista, que estaria demorando para manobrar um veículo.
O acusado reclamou com a vítima, que respondeu à reclamação com um xingamento. Em seguida, Gustavo desceu do carro em que estava e atirou seis vezes contra Paulo, fugindo a pé para casa, onde se trancou com a esposa até se entregar e ser preso.
Quem era Paulo Damião
Paulo Damião tinha 43 anos e já trabalhava como taxista há 12 anos. Ele era casado com Francisca Alves e o casal tinha uma filha e um filho.
“Meu marido era um cidadão de bem, cuidava da gente, dos filhos. Um pai muito amoroso, um marido também, um filho muito bom para a mãe, para todo mundo. E que não gostava de confusão. […] Nunca relatou nenhum problema em todos esses anos”, contou a viúva.
Francisca trabalhava na época do crime e recebia um salário mínimo, mas segundo ela, o taxista era quem tinha a maior renda da família. “Ele quem comprava tudo. Eu ganhava um salário mínimo, mal dava para pagar as continhas que eu tinha. Ele quem pagava a faculdade da menina, quem fazia as compras”, disse
POR: G1PB